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Arquitetos: studiothewon
- Área: 1095 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Park Wansoon
Descrição enviada pela equipe de projeto. Soluções espaciais em resposta à vila Bonguisan Mountain Hill - Esta é uma comunidade com um pequeno tecido urbano adaptado à topografia local, criando uma paisagem complexa e desordenada com uma variedade de edificações feitas de concreto e aço, prevalecentes na arquitetura contemporânea, e também estruturas em madeira e alvenaria da era moderna. Nós gostaríamos que este centro comunitário abraçasse os valores tangíveis e intangíveis da vila enquanto dialoga harmoniosamente com seu entorno. O projeto evitou a construção de um grande e fechado volume institucional sendo composto por pequenas unidades que enfatizam a acessibilidade e o uso. A edificação é dividida em dois volumes e os espaços internos em cinco programas; diferentes formas e materiais externos foram aplicados em ambos volumes para eliminar a ideia de um complexo de edifícios independentes, fazendo com que parecesse que sempre existiram ali.
As instalações como redes elétricas, abastecimento de água e sistemas de telecomunicação também foram separadas para facilitar a manutenção. A principal intenção projetual do centro comunitário era criar uma passagem dentro do terreno para servir como parte da comunidade, estando sempre aberta aos moradores, mesmo se o programa for modificado ou o centro estiver fechado. Entretanto, como existem muitas variáveis na arquitetura de edificações públicas, ainda resta saber se o centro comunitário irá funcionar adequadamente com adesão da população. Essa passagem que atravessa o terreno serve como hall e corredor, já que o edifício possui muitas entradas. Ao apresentar muitos halls e corredores ao ar livre mas, nenhuma entrada principal, a edificação sugere a impressão de forma inacabada, sem uma hierarquia espacial ou ordem. Contudo, essa organização foi considerada mais apropriada para capturar a identidade heterogênea da vila, o que afasta a edificação de uma solução urbana e arquitetônica mais convencional.
Estruturas leves de madeira e aço - Para expressar com precisão a identidade da vila, uma estrutura leve de madeira foi considerada mais apropriada do que uma estrutura densa. A intenção era criar um espaço que não fosse intimidador, mas sim, com fácil acesso. Para enfatizar a presença de cada elemento estrutural, nós criamos a sensação de suspender os caibros, expondo a cobertura em alguns ambientes, como decks e beirais. Para superar as limitações espaciais impostas pela largura máxima de 6m da estrutura de madeira, foi essencial utilizar materiais padrões e conectá-los apropriadamente. As estruturas de madeira estão prontamente disponíveis e são comumente usadas na Coreia.
Nos propusemos a avaliar se a combinação de estruturas leves de madeira e aço criaria sinergia, explorando maneiras potenciais de expandi-la. Desde a fase de projeto, procuramos evitar o pré-processamento da madeira e visamos simplificar a construção para os carpinteiros. A colaboração com engenheiros estruturais, com os quais já tínhamos trabalhado anteriormente, desempenhou um papel significativo na realização da estrutura. Como resultado, conseguimos expandir as limitações das estruturas leves de madeira com o uso do aço e confirmar as variações mais diversas.
Em cada espaço, oferecemos variações estruturais com base na madeira e no aço. Primeiramente, usamos treliças de aço, eliminando os pilares internos a fim de responder efetivamente à configuração livre e variável de estantes de livros e mesas. Para evitar pontes térmicas, a estrutura leve de madeira integrada com uma treliça de aço serve como estrutura principal dos beirais externos. Diversos detalhes de junção foram aplicados para eliminar pilares nos cantos do beiral. Através disso, conseguimos confirmar que uma estrutura em balanço com mais de 3m de comprimento, considerando as deflexões a longo prazo, poderia ser construída com o uso de estruturas leves de madeira. Em segundo lugar, aplicamos um pilar em forma de "V" nos beirais externos do salão Cheongchun.
Como este é o principal espaço usado pela comunidade mais idosa, o ambiente sob os beirais exteriores era tão importante quanto os ambientes internos. Para garantir espaços suficientes, considerando a quantidade de luz solar e uma vista aberta do bairro, a carga do telhado foi projetada para ser sustentada por pilares em "V" em vez de pilares usuais e paredes estruturais, garantindo assim espaço suficiente sob os beirais sem a necessidade de pilares adicionais. Por último, os pilares em forma de árvores nos decks ao ar livre simbolizam a imensa árvore na entrada da vila. A criação de um espaço semiexterno espaçoso sem um propósito específico tinha a intenção de fomentar diversos usos. Os pilares, sustentados por estruturas de aço, permitem que os caibros esbeltos do telhado sejam totalmente expostos, reduzindo o peso visual da estrutura leve de madeira.
